TECNOLOGIA E EDUCAÇÃO: UM MESMO OLHAR.
Tecnologia e a educação sempre foram irmãs gêmeas em todo o desenvolvimento humano da historia, desde que o homem passou a existir. O fato é que, a existência determina a consciência (como diria Karl Marx) e a partir do momento que o homem tem consciência do seu lugar, do seu mundo, do seu ser e, inicia o seu processo de sobrevivência, inicia também um processo existencialista que visa buscar ferramentas que lhe permita adaptar-se ao meio, por isso cria, evolui, desenvolve, envolve-se, rebela-se contra a ordem vigente, aprende, apreende o mundo. Ora, para que o homem sobreviva é preciso que busque métodos e recursos que o leve a construir suas defesas individuais e coletivas, contra o meio, contra si mesmo, contra os outros e contra a natureza. Desta forma percebemos que educação e tecnologia no seu sentido lexicográfico estão unidas pela mesma concepção estrutural.
Assim, a educação regular ministrada nas escolas nada mais é do que aquilo que está no mundo e na essência do ser humano, e que este buscou em seu processo natural. A escola reproduz o mundo e suas necessidades, ensinando a arte de aprender de forma sistemática como pressuposto para o individuo se defender das adversidades da vida ou simplesmente se adaptar ao modelo de vida das sociedades humanas. No dizer de Paulo Freire (1987) isso podemos ratificar tal informação quando este diz que “Ninguém educa ninguém, ninguém educa a si mesmo, os homens educam entre si, mediatizados pelo mundo”. Ora, a grande pedagogia se encontra no mundo externo a escola, no aprendizado diário, aprendizado este que dispõe de todos os recursos da vida, inclusive os tecnológicos que as crianças mediatizam umas com as outras. A grande revolução tecnológica da vida deve passar para a escola, sistematizadas, para que o aluno possa dispor de forma mais ampla deste conhecimento já posto no seu dia a dia.
Portanto, a aplicação das tecnologias da informação não determina novidade no processo de aprendizagem, o grande problema é que a escola parou no tempo com suas metodologias e pedagogias reprodutoras e copiladoras, sem absorver os recursos que são peculiares à evolução humana. Destarte, não existe mérito nos profissionais que utilizam a tecnologia como fator de cognição, o que aconteceu foi um enraizamento do valor da escola como única instituição capaz de formar e informar o homem, preenchê-lo de conhecimento e sabedoria.
“Ninguém nasce educador ou condicionado a ser educador. A gente se faz educador, a gente se forma, como educador, permanentemente, na prática e na reflexão da prática. (Freire, 1991, pg.58)”.
Esse enraizamento levou a escola a esquecer da vida e parar no tempo, então tudo que era inserido no mundo acadêmico ou no mundo escolar passou a se identificado como algo novo. Apresentam as formas de tecnológicas de aprendizagem como uma solução para resolver os problemas cognitivos dos alunos e se esquecem mais uma vez que tais técnicas não é novidade, pois a maior parte dos alunos já possui, de certa forma, um principio de inclusão digital acessível no cosmo extra-escolar. A novidade, de certo seria a capacidade dos docentes em transmitir as informações necessárias através de uma pedagogia diferenciada, onde os conteúdos fossem apresentados com uma outra abordagem.
Por fim, é de suma importância que não apenas as escolares se preparem para essa mentalites tecnológica, mas também os profissionais, que devem se adaptar aos novos tempos, buscando uma formação continuada, e dominar a essência de sua disciplina com os novos desafios da informação.
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