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terça-feira, 8 de dezembro de 2009

MULTICULTURALIDADE

MULTICULTURALIDADE


O mundo de hoje é um mundo engendrado no principio da universalidade, da expansão, da atmosfera integradora da educação, que envolve dinamismo, atualização com os acontecimentos e, sobretudo, um dimensão contextualizada das nuances da globalização e da pós-modernidade que elenca ao docente novas perspectivas integradoras e humanizadas da escola. Nesse contexto, a comunidade escolar tem por mérito atender os vários pressupostos étnicos e culturais, fazendo com que haja uma simbiose e certa harmonia no currículo, a fim de ofertar assistência necessária às diferenças que afloram entre os alunos, diferenças estas não apenas determinadas pela cor da pele ou classe social, mas pelo espirito das manifestações culturais que cada individuo trás consigo enquanto reflexo do seu mundo particularizado. Cabe ao docente, em sua formação, atualizar seu currículo para que alcancem de forma coletiva as individualidades pertinentes ao universo escolar de cada aluno.

O discurso acerca da multiculturalidade se fortalece com os conceitos democráticos do mundo atual, que postula uma educação cidadã e de qualidade que contemple a todos e que tenha em seu cerne uma predisposição curricular que se projete para o campo do trabalho e para uma vida social capaz de responder as perspectivas da nova sociedade e dos novos valores individuais e coletivos que se sedimentaram, como a tecnologia, a informática e a informação, alias vivemos no mundo onde que detêm a informação esta um passo a frente. Vale ressalva ainda, que a própria LDB (Lei de Diretrizes e Bases da Educação) consagra os Direitos à educação como um principio fundamental da igualdade entre todos para construção social e ainda proclama o respeito as diferenças como elemento prioritário para uma formação efetivamente humanizadora, exaurindo de vez os conceitos etnocêntricos e uniformes da cultura brasileira.

No entanto, para estar apto a essa nova realidade integradora e multicultural da educação escolar faz necessário que o docente se insira em um contexto formador continuado, visando não apenas conceber e promover novos diálogos didáticos, mas se entender como professor em um novo universo do alunado. A escola de agora não é mais tão atrativa quando em anos passados, embora tradicionalmente autoritária, a escola do passado era o lugar de encontro e de deslumbramento, a medida que o mundo externo ao universo escolar era limitado pelos valores comportamentais da sociedade. O aluno mudou e evolui com as novas técnicas e os novos valores da sociedade, no entanto a escola permaneceu a mesma, parada no tempo. E nesse prisma que se faz inerente uma visão ampla do professor buscando minimizar as interferências externas no comportamento do educando e, sobretudo as utilizando como recurso didático.

Desta feita, entende-se que a metodologia do professor deve sedimentar embasada não em seu acervo de informação. Mas, sobretudo no acervo de conhecimentos que o aluno apreendeu em sua jornada social e cultural, em seu mundo estrutural, quando este vivenciou suas experiências. O professor deve transformar sistematizar, contextualizar para uma ação integradora, libertaria e suficiente a fim de motivar o educando para uma produção de saberes que o leva a vida social e do trabalho.

No entanto, para que se faça pleno a ação do professor é preciso entender a extensão da gestão democrática. A escola deve priorizar uma ação que englobe comunidade, escola e profissionais a fim de tornar solidária a ação da educação e da aprendizagem. Gerir democraticamente é respeitar as diferenças e multiculturalidade, identificando o individuo em suas potencialidades peculiares, em sua capacidade de entender seu universo de forma singular. Só percebendo as nuances de cada um é que podemos entender e motivar o aluno a produção do conhecimento.

O profissional da educação, nesse universo não pode achar que as suas competências e saberes são suficientes. É preciso que ele se aperceba que o mundo mudou e que é preciso acompanhar as mudanças deste mundo em velocidade equivalente. As técnicas, as informações, a internet, também inside os valores do professor. Portanto, para uma nova ação educacional o professor deve estar sempre se atualizado com os novos mecanismos didáticos e metodológicos a fim de melhor atender a clientela da geração eletrônica.

No dizer de Nóvoa (1991), Freire (1991) e Mello (1994)

“ a formação continuada é saída possível para a melhoria da qualidade do ensino, dentro do contexto educacional contemporâneo. Nova o bastante para não dispor ainda de mais teorias nutrientes, provavelmente, ainda em gestação. É uma tentativa de resgatar a figura do mestre, tão carente do respeito devido a sua profissão, tão desgastada em nossos dias”.

Na mesma linha afirma FREIRE (1991: 58).

"Ninguém nasce educador ou marcado para ser educador. A gente se faz educador, a gente se forma, como educador, permanentemente, na prática e na reflexão da prática".

Assim, dentro processo de formação o professor adquire maturidade, consciência e absorve os valores necessários para transformar a vida não só dele as dos seus educandos para dar continuidade no desenvolvimento cognitivo necessário a vida social e de trabalho como pratica da vida.

A modernidade exige mudanças, adaptações, atualização e aperfeiçoamento. Quem não se atualiza fica para trás. A parceria, a globalização, a informática, toda a tecnologia moderna é um desafio a quem se formou há vinte ou trinta anos. A concepção moderna de educador exige "uma sólida formação científica, técnica e política, viabilizadora de uma prática pedagógica crítica e consciente da necessidade de mudanças na sociedade brasileira" (Brzezinski, 1992:83).

Diante desse de tudo que vimos não é utopia desejar uma escola de ensino fundamental e médio com responsabilidade e eqüidade, que ofereça ensino amplo e solidário, que eleve o espírito de motivação e transforme o aluno em um profissional em potencial, consciente de sua ação cidadã, mas elencado na conquista de espaços na vida do trabalho. Uma escola que capacite para modernidade deve ter um professor também moderno por excelência, que se coloque sempre a disposição de entender seu aluno em suas varias nuances: social, cultural, psicológica e cultural.

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